Dwayne Johnson, também conhecido como The Rock, estreia em Adão Negro interpretando seu protagonista Teth-Adam, alter ego do anti-herói que pertence ao universo da DC Comics. Seja para o bem, seja para o mal, esse longa ainda mantém muito da estética construída por Zack Snyder para o universo cinematográfico da DC, apesar de todas as mudanças recentes ocorridas na direção da Warner.
Surfando na onda dos filmes de super-heróis, a animação DC Liga dos Superpets é a nova aposta da DC para o cinema. Ao misturar animais fofinhos, superpoderes e vilões mal intencionados, o estúdio parece tentar atrair o público mais variado possível, das famílias que buscam diversão para as crianças aos jovens e adolescentes que estão aficionados pelas aventuras de heróis.
Infelizmente, muitos dos lançamentos previstos para este ano não chegaram às
telonas e tivemos que nos contentar com assisti-los pela televisão, como foi o
caso de Mulan. Entretanto, para salvar nosso ano da monotonia, Warner e DC
resolveram lançar Mulher Maravilha 1984 ainda neste finalzinho de ano. Será
que foi uma boa aposta?
O único outro grande lançamento da DC este ano foi Aves de Rapina: Arlequina e
Sua Emancipação Fabulosa, que apesar de ter conseguido uma boa bilheteria,
ainda sofreu pelos impactos da pandemia. Além disso, não chega perto de ser um
filme memorável. Talvez por isso, a decisão de liberar Mulher Maravilha ainda
este ano.
Pode até não ter sido o melhor momento para o lançamento de um filme tão
grandioso como este, mas podem ter certeza, Mulher Maravilha 1984 é o
lançamento perfeito para finalizar este ano.
Quando lançado em 2017, Mulher Maravilha conseguiu dividir opiniões sobre a
qualidade do filme. Muitas críticas de cunho machista, outras realmente
fundamentadas. Na opinião de alguns, aquele era o melhor filme do novo
universo que a DC estava começando a criar, e logo substituído por Aquaman (eu
prefiro Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas). Mas agora venho com total
certeza, Mulher Maravilha 1984 vem para fincar seu posto de melhor filme da
DC, por diversos aspectos.
Neste novo filme, acompanhamos Diana (Gal Gadot) fazendo apenas pequenos
“bicos” como Mulher Maravilha, com seu trabalho como antropóloga e ainda
sofrendo pela perda de Steve (Chris Pine). Enquanto isso, uma pedra milenar
que realiza qualquer desejo é descoberta e isso pode trazer grandes problemas
para a humanidade.
Porém tudo pode mudar quando uma antiga pedra que realiza desejos é
encontrada e começa a criar um caos em todo o mundo quando cai nas mãos de
um empresário falido que busca qualquer coisa para salvar o seu negócio,
Maxwell Lord (Pedro Pascal). Isso inclui a vida de Diana, que tem o seu
amado de volta, mesmo que de um modo diferentes, e da nova amiga Barbara Ann
Minerva (Kristen Wiig).
Com um roteiro muito mais conciso e decidido, trazendo muito mais para o lado
dramático do que para a ação, conseguimos acompanhar muito bem a evolução da
personagem tanto como “ser humano” como heroína, com a apresentação de novos
poderes, habilidades e fragilidades. Trazendo uma certa humanização que a
Mulher Maravilha não era explorada antes.
Inclusive, isso é parte da narrativa, que mostra como Diana, apesar de toda
sua inteligência, força e beleza, tem inúmeras fragilidades que as pessoas não
conseguem enxergar, como por exemplo a solidão.
Além disso, vários pontos importantes da discussão social são abordados, como
o assédio (retratado desde o assédio moral até o sexual) e as questões
armamentistas, pontuando os grandes problemas de entregar uma grande
quantidade de armas nas mãos de apenas um país ou de uma população.
E vale ressalta que há uma constante humanização de todos os personagens,
inclusive dos vilões, podendo render momentos de choros e muitas lágrimas.
O único ponto fraco do filme fica por parte da computação gráfica, que talvez
por tentar fazer referência à série da década de 1980, em diversos momentos
parece com algo mal feito e sem lógica. Além disso, o traço de Zach Snyder com
várias cenas em slow motion, faz com que fique mais visível esses erros.
Apesar disso, não é nada que incomode visualmente.
Por isso, se você está disposto a sair de casa para ver algo visualmente
bonito e uma história muito bem desenvolvida sobre autodescoberta com um toque
de ação, Mulher Maravilha 1984 é a escolha certa. O filme estreia hoje, 17 de
novembro, no Brasil.
Se
tem uma coisa por muito tempo ouvimos foi: “AH! DC não sabe fazer filme! É tudo
ruim”. Realmente, depois de Esquadrão Suicida, Batman x Superman e Liga da
Justiça, a DC parecia não ter mais esperança. Mas aí veio Mulher Maravilha, um
filme excelente com um final nem tanto. Depois Aquaman, um filme muito bom, que
muitos consideraram como o melhor da DC até agora, mas ficou a dúvida: “Ela
conseguirá fazer um filme novo tão bom quanto Aquaman?”. A resposta é: sim, ela
conseguiu e Shazam está aí para provar que ela tem total capacidade de fazer um
filme muito bom, sem precisar ir par ao lado negro da coisa.
A DC parece estar, finalmente, encontrando a fórmula
Aquaman chega essa semana aos cinemas
do Brasil e a como quase todo filme da DC, ficamos em dúvida sobre sua
qualidade. Isso porque depois do fracasso de Batman X Superman e Liga da
Justiça, tudo que vem de da DC é duvidoso.
Entretanto, o que Aquaman nos
apresenta é bem diferente do que a DC e a Warner vinham entregando nos últimos
anos. Alguns críticos estão dizendo que o filme supera Mulher-Maravilha, mas
ainda tenho minhas dúvidas sobre.
O filme conta a história de Arthur,
filho da Rainha de Atlântida com um caloteiro. Após o nascimento da criança, a
rainha deve voltar para o mar para cumprir com suas obrigações, enquanto o
jovem Arthur é criado na Terra como um ser humano comum. Mas, quando ele se
torna adulto, assume a identidade de Aquaman como um herói.
Em meio ao caos na Terra, o Rei de
Atlanta, irmão de Arthur, resolve reunir os reinos do mar para destruir a
superfície com a justificativa de que nós estamos extrapolando o limite da
poluição (o que é uma justificativa bem aceita).
Com isso, Arthur tem que ir até
Atlântida para reclamar o trono. A partir daqui é tudo spoiler.
O filme realmente cumpriu com suas
expectativas, talvez tenha até ultrapassado. Conhecemos um universo novo,
personagens novos e estilos de luta bem diferentes da que estávamos
acostumados.
Os reinos submarinos têm um visual de
encher os olhos, com cores iluminadas em quase todos os momentos (Viu, DC, como
é legal e dá certo fazer um filme colorido?!).
As cenas de lutas também são muito
boa, e vale ressaltar que o filme traz mais de uma luta, com mais de um vilão
(Salva de palmas para Nicole Kidman lutando em cena, vivi para ver isso).
Jason Mamoa é um caso a parte.
Primeiro que o personagem foi adaptado para ele, e não o contrário. Apesar de
em Liga da Justiça o ator ainda parecer meio travado em cena, agora vemos outra
versão do mesmo personagem que se adaptou melhor com Mamoa (alguns comparam ao
Thor, que começou sério, e nos últimos filmes tem assumido um tom mais cômico).
Outra coisa que devo chamar atenção
que me surpreendeu: Jason Mamoa não fica o filme todo sem camisa. Realmente
parecia que eles iam transformar Mamoa no Marcos Pasquim da DC, apenas para
atrair mais o público feminino, mas isso não acontece.
Pontos positivos também para o
figurino. As roupas e acessórios estão perfeitamente colocados acompanhando o
estilo e a personalidade dos personagens. Digo até que Katniss corre o risco de
perder o título de vestido mais interessante do cinema para Mera.
Entretanto, nem tudo são flores. O
problema com os efeitos especiais que venho falando há tempos persiste. Apesar
de ser um show de cores, em muitas cenas na água, quando os personagens
flutuam, percebemos que os efeitos são extrúxulos e não acompanham o resto do
corpo, que chega a ficar desproporcional (Oh, DC! Custava fazer um beijo de
verdade? Tinha que fazer em computação gráfica?).
Outra coisa que incomodou todo mundo
na sessão é o detalhe das lutas parecerem não ter muito reflexos nos outros que
participam. Por exemplo, em uma determinada luta, um pedra gigante cai nas
pernas de um cidadão, que logo começa a gritar de dor. Arthur simplesmente
levanta a pedra como se fosse nada e o homem sai correndo. Uma vez caiu uma
pedra de mármore no meu pé, passei quase 2 dias sem conseguir andar direito.
As soluções rápidas e fáceis em
alguns momentos podem incomodar, mas nada que atrapalhe o andamento do filme.
Apesar disso, devo salientar que DC e
Warner conseguiram finalmente acompanhar a teoria da Jornada do Herói (para
quem gosta do tema, recomendo a leitura de A Jornada do Herói do Joseph
Campbell e A Jornada do Escritor do Christopher Vogler). Teoria está que
apresenta todas as histórias como uma só, seguindo o mesmo roteiro (a imagem
abaixo ilustra melhor essa teoria).
Outra coisa, a motivação do vilão
Orm, meio-irmão de Arthur, para destruir a superfície é super justificada. Os
humanos já ultrapassaram o limite de poluição, o que nós fazemos com o mar é
simplesmente não justificado. Assim, eu colocaria Orm não como um vilão, mas
sim, um defensor das causas ambientes.
Além disso, temos outro vilão, o Arraia Negra, que acaba roubando a cena em muitas partes do filme, mas prefiro não comentar mais porque entraria em spoiler.
De modo geral, vale a pena SIM
assistir Aquaman nos cinemas, como já disse DC parece estar finalmente pegando
o ritmo. O filme estreia dia 13 de dezembro em todos os cinemas do Brasil,
então corra para não perder.
Sinopse: As criaturas da noite estão caçando a elite de Gotham. Bruce Wayne é o seu novo alvo.Bruce Wayne está prestes a completar 18 anos e herdar a fortuna de sua família, além do controle das indústrias Wayne. No entanto, no dia do seu aniversário, ele faz uma escolha impulsiva e é condenado a prestar serviço comunitário no Asilo Arkham, uma mescla de prisão e hospital psiquiátrico onde estão detidos os criminosos mais desequilibrados da cidade.Lá ele conhece Madeleine, integrante das Criaturas da Noite, um grupo radical que deseja acabar com a elite de Gotham. Até então, a moça se recusava a confessar seus crimes ou informar à polícia os futuros ataques que planejavam, mas ela resolve se abrir para Bruce Wayne, dando início a um perigoso jogo de sedução e inteligência.Será que o jovem Wayne vai conseguir convencê-la a revelar todos os seus segredos ou ela está apenas manipulando-o para arruinar Gotham? Enquanto o golpe final das Criaturas da Noite se aproxima, Bruce percebe que não é tão diferente de Madeleine. E, mesmo longe de se tornar o Cavaleiro das Trevas, precisará provar que está preparado para deter uma das maiores ameaças que Gotham já presenciou.
Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.