A DC parece estar, finalmente, encontrando a fórmula |
Aquaman chega essa semana aos cinemas
do Brasil e a como quase todo filme da DC, ficamos em dúvida sobre sua
qualidade. Isso porque depois do fracasso de Batman X Superman e Liga da
Justiça, tudo que vem de da DC é duvidoso.
Entretanto, o que Aquaman nos
apresenta é bem diferente do que a DC e a Warner vinham entregando nos últimos
anos. Alguns críticos estão dizendo que o filme supera Mulher-Maravilha, mas
ainda tenho minhas dúvidas sobre.
O filme conta a história de Arthur,
filho da Rainha de Atlântida com um caloteiro. Após o nascimento da criança, a
rainha deve voltar para o mar para cumprir com suas obrigações, enquanto o
jovem Arthur é criado na Terra como um ser humano comum. Mas, quando ele se
torna adulto, assume a identidade de Aquaman como um herói.
Em meio ao caos na Terra, o Rei de
Atlanta, irmão de Arthur, resolve reunir os reinos do mar para destruir a
superfície com a justificativa de que nós estamos extrapolando o limite da
poluição (o que é uma justificativa bem aceita).
Com isso, Arthur tem que ir até
Atlântida para reclamar o trono. A partir daqui é tudo spoiler.
O filme realmente cumpriu com suas
expectativas, talvez tenha até ultrapassado. Conhecemos um universo novo,
personagens novos e estilos de luta bem diferentes da que estávamos
acostumados.
Os reinos submarinos têm um visual de
encher os olhos, com cores iluminadas em quase todos os momentos (Viu, DC, como
é legal e dá certo fazer um filme colorido?!).
As cenas de lutas também são muito
boa, e vale ressaltar que o filme traz mais de uma luta, com mais de um vilão
(Salva de palmas para Nicole Kidman lutando em cena, vivi para ver isso).
Jason Mamoa é um caso a parte.
Primeiro que o personagem foi adaptado para ele, e não o contrário. Apesar de
em Liga da Justiça o ator ainda parecer meio travado em cena, agora vemos outra
versão do mesmo personagem que se adaptou melhor com Mamoa (alguns comparam ao
Thor, que começou sério, e nos últimos filmes tem assumido um tom mais cômico).
Outra coisa que devo chamar atenção
que me surpreendeu: Jason Mamoa não fica o filme todo sem camisa. Realmente
parecia que eles iam transformar Mamoa no Marcos Pasquim da DC, apenas para
atrair mais o público feminino, mas isso não acontece.
Pontos positivos também para o
figurino. As roupas e acessórios estão perfeitamente colocados acompanhando o
estilo e a personalidade dos personagens. Digo até que Katniss corre o risco de
perder o título de vestido mais interessante do cinema para Mera.
Entretanto, nem tudo são flores. O
problema com os efeitos especiais que venho falando há tempos persiste. Apesar
de ser um show de cores, em muitas cenas na água, quando os personagens
flutuam, percebemos que os efeitos são extrúxulos e não acompanham o resto do
corpo, que chega a ficar desproporcional (Oh, DC! Custava fazer um beijo de
verdade? Tinha que fazer em computação gráfica?).
Outra coisa que incomodou todo mundo
na sessão é o detalhe das lutas parecerem não ter muito reflexos nos outros que
participam. Por exemplo, em uma determinada luta, um pedra gigante cai nas
pernas de um cidadão, que logo começa a gritar de dor. Arthur simplesmente
levanta a pedra como se fosse nada e o homem sai correndo. Uma vez caiu uma
pedra de mármore no meu pé, passei quase 2 dias sem conseguir andar direito.
As soluções rápidas e fáceis em
alguns momentos podem incomodar, mas nada que atrapalhe o andamento do filme.
Apesar disso, devo salientar que DC e
Warner conseguiram finalmente acompanhar a teoria da Jornada do Herói (para
quem gosta do tema, recomendo a leitura de A Jornada do Herói do Joseph
Campbell e A Jornada do Escritor do Christopher Vogler). Teoria está que
apresenta todas as histórias como uma só, seguindo o mesmo roteiro (a imagem
abaixo ilustra melhor essa teoria).
Outra coisa, a motivação do vilão
Orm, meio-irmão de Arthur, para destruir a superfície é super justificada. Os
humanos já ultrapassaram o limite de poluição, o que nós fazemos com o mar é
simplesmente não justificado. Assim, eu colocaria Orm não como um vilão, mas
sim, um defensor das causas ambientes.
Além disso, temos outro vilão, o Arraia Negra, que acaba roubando a cena em muitas partes do filme, mas prefiro não comentar mais porque entraria em spoiler.
De modo geral, vale a pena SIM
assistir Aquaman nos cinemas, como já disse DC parece estar finalmente pegando
o ritmo. O filme estreia dia 13 de dezembro em todos os cinemas do Brasil,
então corra para não perder.