CRÍTICA| A Mais Preciosa das Cargas (2025)

 


A Mais Preciosa das Cargas é uma animação francesa, adaptação do romance homônimo do autor Jean- Claude Grumberg, que foi publicado em 2029.


Durante cerca de 1h20min vamos acompanhar a história da esposa de um lenhador pobre que mora em um pequeno chalé próximo aos trilhos do trem, que passa constantemente lotado. A esposa do lenhador pobre nunca conseguiu ter uma criança saudável e um dia enquanto ela rezava aos deuses do trem, escutou o choro de um bebê. Em um primeiro momento a mulher achou que fosse a resposta as suas orações, uma pequena menininha estava na neve. Quando o lenhador chega em casa constata que a bebê faz parte do povo chamado "sem coração", aqueles marcados, que eram levados pelos trens para serem punidos por seus pecados. Ele diz para a esposa para se livrar da criança, afinal apoiar os "sem coração" era crime. A mulher se recusa e a partir daí temos uma história tocante e que nos lembra de um passado que não podemos nunca esquecer.

Michel Hazanavicius, diretor da animação, aposta em cenas escuras para mostrar os horrores da Guerra e o preconceito trazido pela ignorância e vai suavizando as cores ao longo da animação quando o amor da mãe por sua filha vai superando tudo, perdas, fome, frio. 

A pequena bebê acaba provando a todos que os "sem coração" possuíam coração sim e que o desespero de seu pai salvou sua vida. 

Foi um filme que representa de uma maneira bem delicada como o Holocausto foi apoiado por determinados setores da sociedade, principalmente por aqueles facilmente levados pela propaganda nazista e como aqueles que foram presos, mesmo aqueles que sobreviveram aos campos, perderam mais do que parentes, amigos e família. Perderam sua humanidade.

É um filme que eu ainda estou digerindo, mas que me impactou de maneira muito profunda.

NOTA: 5/5

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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