Editora: Companhia das Letras
Páginas: 224
Sinopse: Nos Estados Unidos, Alex leva uma vida típica de imigrante: trabalha muito, economiza o quanto pode, desconfia de todos e tem dificuldade para fazer amigos. Nos poucos períodos de descanso entre as jornadas exaustivas, rememora episódios de seu passado e o motivo que o fez deixar o bairro de classe média baixa onde morava em São Paulo: o assassinato do irmão e do cunhado num assalto. Numa sucessão de flashbacks, conhecemos a relação ao mesmo tempo próxima e distante de Alex com o pai e os irmãos, a ausência da mãe, a timidez da juventude e seus sonhos frustrados. Mas o que parecia ser a história de uma única pessoa acaba se tornando um complexo panorama da vida brasileira no século XX.
Confesso que essa leitura foi um pouco fora da minha zona de conforto, mas a narrativa de Luiz Ruffato me pegou em dado momento da leitura.
Alex sai de São Paulo para os Estados Unidos depois de passar por um evento traumático. E é a partir daí que vamos acompanhar a trajetória de Alex e de alguns membros de sua família. A família Bertolleto.
Esse livro é bem poético e a maneira como o autor conseguiu brincar com o tempo foi o que eu mais gostei. Em certos momentos você retrocede para poder entender certas situações que acontecem no presente, enquanto produto desse passado.
Para além disso, não é um livro cheio de reviravoltas, mas que vai te fazer refletir sobre diversos assuntos relativo a família e a modernidade em si.
A cada capítulo você vai se identificando cada vez mais com os personagens e vai vendo situações que são muito próximas.
Um ótimo drama familiar.