CRÍTICA | THOR - AMOR E TROVÃO (2022)

 


Se tem uma coisa que movimenta os cinemas é filme de herói, e seguindo a agenda da Marvel, esse mês temos o lançamento de Thor - Amor e Trovão. Mas o que o deus do trovão tem a ver com amor? Como está a vida dele pelo espaço? O que ele faz, do que se alimenta, como acasala?

Em Thor – Amor e Trovão, o deus do trovão embarca em uma jornada diferente de tudo que já viveu – uma jornada de autoconhecimento. Contudo, sua busca é comprometida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses (Christian Bale), que deseja a extinção dos deuses. Para combater essa ameaça, Thor pede a ajuda da Rei Valquíria (Tessa Thompson), de Korg (Taika Waititi) e da ex-namorada Jane Foster (Natalie Portman), que – para surpresa de Thor - inexplicavelmente empunha seu martelo mágico, o Mjolnir, como a Poderosa Thor. Juntos, eles se lançam em um terrível aventura cósmica para desvendar o mistério da vingança do Carniceiro dos Deuses e detê-lo antes que seja tarde demais.

 


Sendo sincero, Thor não era o filme que eu mais esperava esse ano, mas acabou me surpreendendo de um modo interessante. Não necessariamente bom, mas também não ruim. O lado bom do filme é a forma leve e humorística que carrega em todos os momentos, mas isso também pode ser um negativo, já que em muitos momentos o humor parece ser forçado e pode fazer os personagens parecerem bobos. Esse excesso faz com que se perca o foco da narrativa com muita facilidade.

 

Outra coisa que pode chamar atenção é a forma rasa com que tudo é tratado, como por exemplo, Jane Foster como Poderosa Thor, não há uma explicação fundada de ser a Poderosa Thor e muito menos como foi o processo para dominar seus poderes. Isso acontece com todos os personagens, incluindo o próprio Thor, que tem as narrativas individuais jogadas fora para que tudo posso caminhar. Além disso, até a relação do protagonista com os Guardiões da Galáxia é quase jogada no lixo.

 


Porém, não se pode negar que o filme cumpre com sua principal função: segurar o público até final. É interessante que mesmo que as histórias pareçam não se desenvolver, elas não importam tanto para o clímax do filme. Isso faz com que o expectador fique atento e espere para o próximo passo. Mesmo que o próximo passo não seja tão interessante quanto o expectador espera.

 

Isso me levou a pensar que o tempo poderia ter sido estendido, levando em consideração que o filme tem menos de 2h, se comparando a outras produções da Marvel, é um tempo bem curto. O que leva ou a um problema de edição, roteiro ou direção, que em algum momento teve que fazer cortes demais e deixar muita coisa sem fundamento.

 


Creio que como qualquer fã da Marvel o que mais queremos é ver a história do herói sendo contada, mas o que se sente é que desde o começo o foco está em Gorr, que toma todo o foco emocional e narrativo para si.

 


E uma salva de palmas pra atuação fica exatamente para Christian Bale por Gorr, que sustenta o personagem desde a primeira cena do filme e carrega toda a carga emotiva que precisava, mas que não é explorada. Contudo, não posso deixar de falar sobre trabalho que Chris Hemsworth fez com o próprio corpo para o filme. Apesar dele já ser conhecido pelo seu corpo definido, aqui ele aparece com medidas surpreendentes, o tamanho de seus braços chama direto atenção por ser assustador. Além disso, a cena em que o personagem aparece completamente nu chama atenção pela completa definição do corpo do ator (compensar alguns pontos negativos)

 


E com tudo, talvez o que deixa mais confuso é plot twist. A última cena é algo que faz você pensar: certo, como chegamos até aqui e como isso aconteceu tão rápido? Não faz sentido nenhum.

 

Um ponto que ajuda a sustentar o filme é a aparição de personagens que eram esperados há tempos, como Zeus e Poderosa Thor. Além disso, os efeitos visuais estão lindos, assim como as últimas produção da Marvel. É tudo tão real e orgânico que faz o público se sentir dentro daquelas realidades.

 


Apesar de tudo isso, Amor e Trovão é um excelente filme para a família se divertir. Ele estreia amanhã, 07, no Brasil.

 

OBS.: Tem duas cenas pós-crédito.




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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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