Sabe quando algo tem tudo
para dar certo, com um mundo bem construído, personagem bem desenvolvido e uma
história cativante e simplesmente resolve que nada disso vale a pena e prefere
começar tudo de novo? Pois é, dessa vez não tive paciência tem pra deixar o
suspense.
Não tenho como afirmar
com certeza qual dia Monster Hunters estreou oficialmente, pois teve várias
estreias diferentes, inclusive dentro do Brasil, mas oficialmente, aconteceu na
última quinta-feira, 25. Porém, muito já haviam visto o filme antes disso.
Monster Hunters é baseado
no jogo homônimo, porém trás várias características diferentes que podem
desagradar tanto os fãs como leigos.
Paralelo ao nosso mundo, existe outro: um mundo de
poderosos e perigoso monstros que controlam seus territórios com ferocidade
mortal. Quando a Tenente Artemis (Milla Jovovich) e seu esquadrão de elite são
transportados através de um portal que liga os dois mundos, eles vão ser
confrontados com a experiência mais chocante de suas vidas. Em sua desesperada
tentativa de voltar para casa, a corajosa tenente encontra um caçador
misterioso (Tony Jaa), cujas habilidades únicas permitiram com que ele
sobrevivesse nessa terra hostil. Enfrentando incansáveis e aterrorizantes
ataques dos monstros, os dois guerreiros se unem para lutar contra eles e
encontrar um meio de voltarem para casa.
O grande erro do filme já começa no fato de apresentar
uma nova protagonista e não aproveitar o que já tinha. Essa não é a primeira
vez que o diretor Paul Anderson toma caminhos equivocados, já havia feito isso
com a franquia Resident Evil e Mortal Combat. Além disso, coloca uma nova
protagonista e não desenvolve em praticamente nada a personagem, não temos
tempo de criar afeição por ela e muito menos descobrir qualquer coisa sobre
Artemis, apenas somos jogados em um mundo novo. Apesar disso, Milla Jovovich
entrega exatamente o que é necessário no filme, porém parece ter nenhuma
química com o outro protagonista, Tony Jaa.
Um outro grande problema é o tempo que leva para o
filme introduzir e se desenvolver. Em menos de 20 min, tudo é introduzido, sem
se preocupar em apresentar o básico. Por exemplo, personagens que parecem ter
extrema importância para a história, morrem logo no início, o que faz com que
quem assista, não sinta empatia nenhuma com as mortes.
Além disso, colocar somente dois personagens
durante 90% do filme, em que um não fala a língua do outro, não ajuda em nada.
Os diálogos que deveriam ser algo divertido, se tornam bizarros e não agregam
em nada.
Outra coisa é o excesso de ação. Do primeiro minuto
até o último, literalmente, é ação, não há pausas dramáticas ou cômicas (esses
momentos duram segundos) e isso faz com que muitas cenas sejam confusas,
perdidas e/ou desnecessária.
Não vou nem comentar o triste final que tem o
filme.
De destaque apenas a estreia de Nanda Costa, a Morena de Salve Jorge, em Hollywood.