Editora: Contexto
Páginas: 400
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Sinopse: Este livro narra a história da invenção mais incrível da humanidade: a linguagem. Daniel L. Everett, linguista norte-americano com décadas de pesquisas, incluindo aí estudos com línguas indígenas do Brasil, traça a evolução da linguagem através de 60 mil gerações. Com base em evidências de uma vasta gama de campos, como Arqueologia, Biologia, Antropologia e Neurociência, o autor mostra como os seres humanos adquiriram a forma mais avançada de comunicação do planeta, fazendo um percurso das primeiras tentativas de fala dos hominídeos até as mais de sete mil línguas existentes hoje.
Eu tenho um interesse profissional sobre linguagem no geral, então quando vi esse título me interessei imediatamente pela pesquisa de Daniel Everett.
Sob um olhar científico, o autor parte da hipótese que a linguagem não é inata, mas que o homem a inventou. A linguagem teria surgido através de símbolos inventados culturalmente e por isso deve ser estudada como tal.
O livro é dividido em quatro partes. Na parte um o autor traz um panorama acerca da evolução da humanidade e da linguagem. Com exemplos simples do dia a dia e com conexões acerca dessa evolução vamos iniciar a jornada da evolução da linguagem através da evolução cultural e social. Na parte dois vamos acompanhar a evolução biológica e em como isso afetou a evolução da linguagem. Na parte três, vamos nos debruçar na organização da linguagem, com o surgimento da gramática. E por fim, vemos a evolução da linguagem culturalmente, principalmente através de comunidades.
Confesso que apesar de discordar em alguns pontos na teoria do autor, aprendi muito com essa perspectiva mais social da linguagem.
A forma como o autor aborda essa teoria também é muito interessante, principalmente por ele rechear o livro com pequenas histórias, o que acaba conectando o leitor ao que o autor quer passar.
Enfim, é um ótimo livro, que empolga não só pela perspectiva do autor, mas por sua paixão.