Comunhão do Sangue - Anne Rice - Uma História do Principe Lestat #01

 

Editora: Rocco

Páginas: 224

Classificação: 

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Sinopse: Depois da nova edição capa dura de Entrevista com o Vampiro, chega o novo livro dá série Crônicas Vampirescas. A história de Lestat e de como ele se tornou o rei dos vampiros. Neste 3º volume das histórias de Lestat, o príncipe dos vampiros, de forma íntima e direta, ele dirige-se à tribo dos vampiros para contar-lhes sobre sua origem – todo o seu caminho do começo ao fim - , sobre como foi criada a Comunhão do Sangue e como ele, Lestat, se transformou no príncipe dos vampiros. Na história, Lestat trava uma batalha sangrenta contra o misterioso demônio Rhoshamandes, que ameaça destruir todo o mundo vampiro. De forma cativante, Lestat leva-nos das torres e ameias do castelo de seus antepassados nas montanhas nevadas da França até o interior da viçosa Louisiana, com suas fragrâncias marcantes de magnólias e jasmins-da-noite; dos locais mais remotos em ilhas intocadas no Pacífico até a cidade de São Petersburgo no século XVIII e a corte da imperatriz Catarina. Instigante e sedutor, Comunhão do sangue é um romance surpreendente sobre o poder da ambição, assim como uma reflexão sobre a luta daqueles que tentam defender seu lugar no mundo.

 Mundialmente famosa por Entrevista com o Vampiro, Anne Rice deu continuidade as suas crônicas vampirescas e recentemente Comunhão do Sangue chegou ao Brasil pela Editora Rocco, nesse que corresponde ao décimo quarto volume das crônicas (incluindo Pandora), ou décimo oitavo se considerarmos também a saga da Bruxas Mayfair (e eu aconselho que vocês considerem eles), vemos um Lestat diferente daquele que conquistou milhares de fãs no primeiro livro, que por sinal nem era narrado por ele, ele também está diferente daquele Lestat que conquistou multidões ao entrar no mundo do rock e despertar criaturas antigas a muito adormecidas ou daquele que ficou cara a cara com Mennoch. Ah! Antes que me matem por spoilers, tenho um motivo para citar tudo isso.



Na maioria das vezes em que um dos livros da autora narrado pelo Lestat começa, somos presenteados com uma pequena divagação do personagem sobre fatos marcantes de sua vida (todos narrados em livros anteriores), e isso é bom e ruim, bom porque os leitores mais antigos irão relembrar diversos acontecimentos e ruim, pois se você estiver começando agora, vai pegar spoilers, muitos spoilers, por isso fica a dica, se você ainda não leu nenhum dos livros anteriores, Comunhão de Sangue tem um spoiler ENORME e BEEEEM significativo sobre alguns personagens que já deram as caras em livros anteriores, e acreditem, esse spoiler se você não leu e conhece a pessoa em questão, será chocante, mas é justamente esse acontecimento que serve como pano de fundo para alguns desdobramentos nesse livro.



Em Comunhão do Sangue, Lestat está mais pacifico e calmo com tudo e todos à sua volta, ele perdeu aquela voracidade que o motivava em seus primeiros anos como vampiro e sua capacidade de perdão está mais evidente, talvez por isso, algumas atitudes dele sejam tão questionadas por outros personagens e também por mim, pois senti falta daquele Lestat mais impulsivo, do Príncipe Moleque. Ao mesmo tempo, é interessante observar a evolução do personagem no decorrer dos livros, afinal, mesmo quando ele não era o protagonista ele acabava aparecendo e influenciando acontecimentos, essa evolução também evidencia as mudanças na vida da autora, que já deixou claro em entrevistas que seu envolvimento com a religião influencia, em parte, nas obras. Por isso, novamente recomendo a leitura dos demais livros das Crônicas.



Em suma, esse livro possui um ar de fechamento de ciclo, no qual uma era entre os vampiros termina e outra irá dar inicio devido à Comunhão do Sangue e ao novo “estilo de vida” dos vampiros. Ao mesmo tempo, é um livro nostálgico que trás diversos personagens queridos pelos leitores, então prepare-se para as birras e ataques de raiva de Armand, para o comportamento pacifico de Louis, para a vida amorosa conturbada de Pandora e muitos outros que darão as caras por aqui.


Resenha por: Patrícia Silva

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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