Virgem - Radhika Sanghani


Páginas: 288
Editora: Fábrica 321
Classificação:
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Sinopse: Ellie Kolstakis tem 21 anos, ótimas amigas, uma boa situação financeira, está terminando a faculdade de Literatura Inglesa e ainda é... virgem. Mas ela está decidida a mudar isso até a sua formatura. Afinal, ela não escolheu esperar até o casamento, muito menos possui restrições religiosas ou está à procura de um príncipe encantado. O fato é que Ellie simplesmente não tem sorte quando o assunto é amor e sexo. Decidida a virar o jogo nos quatro meses que restam até se formar, a jovem divide seu tempo entre o trabalho de conclusão de curso, depilações inusitadas, seu blog, festas, conselhos de amigas e até mesmo tutoriais constrangedores no YouTube, envolvendo-se em situações mirabolantes e, claro, hilárias, da primeira à última página.


Virgem é o primeiro livro de uma duologia escrita por Radhika Sanghani, publicada há algum tempo pelo selo Fábrica 231 da Editora Rocco.

O livro conta a história de Ellie, uma garota prestes a terminar seu curso de Literatura Inglesa na faculdade e, como nos diz o título, ainda é virgem. Essa é uma situação que ela precisa resolver antes de se formar, pois não aguenta mais ser a única pessoa em seu círculo social que não consegue manter uma conversa quando o assunto é sexo. Nem mesmo com a ginecologista! Então, a narrativa acompanha os percalços da mocinha nessa jornada.

Não conhecia nada dessa autora, muito menos sabia que esse livro havia sido publicado aqui no Brasil, por isso devo dizer que fui fisgada pela capa e pela proposta. Bem chamativa, não é? Fiquei muito instigada e acabei pegando para ler. Devo confessar que fiquei com uma opinião bem dividida, e vou explicar o porquê.

O livro tem uma proposta maravilhosa, linda e super necessária no momento em que vivemos. Fala sobre os padrões de beleza da sociedade, sobre aceitação pessoal, e sobre não viver sua vida de acordo com o que as pessoas esperam que você viva. Ellie é apresentada no início como alguém desesperada para mudar seu status, pois só assim ela conseguiria viver!!! E é muito importante quando, aos poucos, ela começa a perceber que só quem se importa com isso é ela mesma, por causa de algo que foi imposto em sua mente. Arrisco até dizer que sua vida melhorou muito depois que ela deu essa desencanada. Essa é a principal mensagem do livro, e fica bem claro ao leitor.

“–  Pare já de se sentir mal com você mesma, Ellie Kolstakis – ela disse, imitando uma mãe, antes de apoiar a caneca e me olhar nos olhos. – Quando você não está reclamando de como sua vida é medíocre, você é engraçada e muito divertida. Por isso acho que você deveria tomar um banho e sentar comigo no sofá para assistir aquela nova série pela qual todos estão obcecados e depois nos arrumarmos para a festa. Que tal?!”

Porém, não consegui me conectar ao livro como gostaria. Não sei se pela alta expectativa, ou pela leitura em primeira pessoa que me incomoda demais. Ellie é um pouco louquinha – não encontrei outra forma de descrevê-la –  e, por vezes, me encontrei revirando os olhos para o livro. A narrativa é bem humorada, mas para mim foi demais. Algumas vezes pareceu que a autora forçava no humor para justificar que a personagem era descontraída, não sei se vocês me entendem. Não é só com esse livro, sempre tenho dificuldade de ler histórias onde o autor pesa a mão no humor.

Contudo, não deixo de indicar esse livro para vocês lerem. Como falei acima, é uma temática super atual e necessária, que fala sobre aceitação de uma forma que eu não havia lido antes. Fora que a capa é maravilhosa e a diagramação também! Espero que gostem! 

Então, quem quer que você seja, se você perdeu a virgindade há 20 anos ou se ainda é virgem, apenas aceite.

3 comentários:

  1. Puxa, um enredo super gostoso e diferenciado. Ainda não conheço o trabalho da autora também, mas adoro isso de histórias de mulheres ou pessoas que não se permitem viver como todos querem ou como a maioria acha que deve ser.
    Gosto do que vai além disso, de quem acredita em si e mesmo contrariando todo mundo, segue acreditando em si.
    Fiquei meio pé atrás pela personalidade da personagem...mas mesmo assim, com certeza, quero sim, conferir!!!
    Beijo

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  2. Não é um livro que coloquei como prioridade, mas tenho vontade de ler.
    Também gosto da proposta e espero gostar da leitura quando tiver a chance.

    Beijos

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  3. Olá! O livro parece passar uma mensagem bem interessante e necessária nos dias de hoje, mesmo que tratado de uma maneira mais leve e com toques de humor, acredito que será uma leitura maravilhosa.

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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