Eu Perdi o Rumo - Gayle Forman



Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Classificação: 

Sinopse:Freya perdeu a voz no meio das gravações de seu álbum de estreia. Harun planeja fugir de casa para encontrar o garoto que ama. Nathaniel acaba de chegar a Nova York com uma mochila, um plano elaborado em meio ao desespero e nada a perder. Os três se esbarram por acaso no Central Park e, ao longo de um único dia, lentamente revelam trechos do passado que não conseguiram enfrentar sozinhos. Juntos, eles começam a entender que a saída do lugar triste e escuro em que se acham pode estar no gesto de ajudar o próximo a descobrir o próprio caminho. Contado a partir de três perspectivas diferentes, o romance inédito de Gayle Forman aborda o poder da amizade e a audácia de ser fiel a si mesmo. Eu Perdi o Rumo marca a volta de Gayle aos livros jovens, que a consagraram internacionalmente, e traz a prosa elegante que seus fãs conhecem e amam.

 

Fazia algum tempo que eu não lia nada da Gayle Forman e confesso que não estava bem preparada para essa narrativa que foi como um soco na cara.

Freya é uma cantora que está prestes a perder a carreira pela qual tanto lutou, ela perdeu a voz no meio das gravações de seu primeiro álbum e agora está perdida. Harun perdeu seu grande amor, ele é muçulmano e gay e agora tem que lidar com isso e com sua família que é preconceituosa. Nathaniel acabou de chegar a Nova York com uma missão elaborada pelo medo e o desespero de anos de abandono e negligência. São três pessoas que perderam o rumo, mas se encontraram.

Freyre é uma menina que sofreu a vida toda com o abandono do pai, a irmã e a mãe eram muito próximas e ela encontrava apoio e alento nos braços do pai. Quando ele abandona a família, ela encontra conforto na música que produzia com a irmã, mas com o passar do tempo e um empresário famoso essa família se separa de novo. 

Harun, por sua vez, de uma família super tradicional e religiosa, ele é gay e se apaixona por um rapaz na faculdade e com o tempo fica mais difícil para ambos lidar com o fato de terem que se esconder. O que acaba fazendo Harun tomar uma decisão que coloca tudo a perder. 

Nathaniel sempre foi muito próximo do pai e por isso quando sua mãe foi embora ele escolheu ficar, crescendo com um homem que era tão próximo e que tinha problemas de instabilidade mental ele aprendeu que alguns estados do pai significavam que ele teria de ser o adulto da casa. O que causou a perda de seu olho, em uma experiência feita pelo pai. O que mais tarde fez com que ele perdesse tudo. Ele desembarca em Nova York com o desespero guardado na mochila e é assim que em um parque no meio da cidade, ele encontra outras duas pessoas perdidas.

A narrativa de Gayle Forman nos leva a momentos de reflexão sobre como muitas vezes as pessoas mais próximas a nós são as que mais nos machucam e que muitas vezes nos perdemos tentando agradá-las. Os três personagens tão diferentes encontraram alento e se reconheceram em seu sofrimento, eles se reconheceram e imediatamente essas almas se conectaram, o que foi feito de uma forma bastante bonita. Minha única ressalva com relação a esse livro é que ele não tem final e eu odeio quando isso acontece.

Adorei a capa desse livro, achei ela singela e significativa para a história, como sempre a editora arrasando na diagramação. Enfim, recomendo para quem gosta de um draminha de leve.


9 comentários:

  1. Adoro os livros dela por isso, as emoções e temas fortes que trás, como gera reflexão ou pega a gente de jeito. A história desses três é bem triste e forte. Tem muita coisa que faz você querer que tudo dê certo pra eles e o encontro deles e compartilhar essas coisas em comum é algo bonito porque parece deixar aquele clima de esperança por melhoras, sabe? Gostei disso na história. Pelo que tô vendo parece ser bem bonita e adoraria ler ^^

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  2. Nunca li nada da autora e confesso que não tenho vontade, então meio que não me senti tentada a ler. A história parece ser linda sim, mas saber disso que "não tem um final" me deixou ainda mais com um pé atrás porque, eu curiosa como sou, não saberia lidar com isso kkkkkk

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  3. Oi, Priscila
    Não li nada da autora, desde que vi a capa desse livro gostei por ser azul.
    Depois de ler várias resenhas fico cada vez mais curiosa com esse encontro de almas dos personagens, se ajudando a superar as perdas.
    Mas também não gosto de livro sem final/conclusão.
    Beijos

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  4. Oi Pri,
    A autora sempre consegue montar enredos muito originais, com esse não foi diferente, gostei demais.
    Muito bacana essa diversidade, e melhor, pelo fato do livro ser narrado pelos três protagonistas, conseguimos conhecê-los mais a fundo, assim como a cultura e diferença de cada um. Imagino que é o tipo de história que emociona…
    Li alguns comentários bem positivos, e fiquei com vontade de ler.
    Beijos

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  5. Olá! Gosto muito dessa capa, e o livro parece ser bem intenso, os três protagonistas passam por situações bem complicadas, e vão encontrar um no outro uma maneira de superar essas dificuldades, também não gosto quando o livro não tem final, mas fiquei bem curiosa para conferir essa história.

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  6. Oi Priscila,
    Gosto muito da Gayle Forman, por isso já quero ler esse livro. Amei saber mais sobre a história, saber que os personagens passaram por momentos muito difíceis :/

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  7. Oi, Priscila!!
    Não li nada ainda da Gayle Forman, mas adorei a premissa dessa história e como três personagens tão diferentes vão se encontrar. Gostei da indicação mas também não curto muito livros quando não tem final.
    Bjos

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  8. Não gostei muito dos dois livros da Gayle que li, mas esse me chamou muito a atenção.
    Parece ser muito triste, reflexivo e forte.
    Quero muito ler.
    Só fico chateada de não ter um final fechado.
    bjs

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  9. Eu gostei de como autora conseguiu falar sobre religião e sexualidade em um único livro e se for de fato um dos melhores trabalhos da autora no meu ponto de vista e o fato do livro tem um final completamente fechado faz com que a história seja ainda mais agradável

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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