A Casa do Lago - Kate Morton


Editora: Arqueiro
Páginas: 464
Ano de Lançamento: 2017

A casa da família Edevane está pronta para a aguardada festa do solstício de 1933. Alice, uma jovem e promissora escritora, tem ainda mais motivos para comemorar: ela não só criou um desfecho surpreendente para seu primeiro livro como está secretamente apaixonada. Porém, à meia-noite, enquanto os fogos de artifício iluminam o céu, os Edevanes sofrem uma perda devastadora que os leva a deixar a mansão para sempre. Setenta anos depois, após um caso problemático, a detetive Sadie Sparrow é obrigada a tirar uma licença e se retira para o chalé do avô na Cornualha. Certo dia, ela se depara com uma casa abandonada rodeada por um bosque e descobre a história de um bebê que desapareceu sem deixar rastros. A investigação fará com que seu caminho se encontre com o de uma famosa escritora policial. Já uma senhora, Alice Edevane trama a vida de forma tão perfeita quanto seus livros, até que a detetive surge para fazer perguntas sobre o seu passado, procurando desencavar uma complexa rede de segredos de que Alice sempre tentou fugir. Em A casa do lago, Kate Morton guia o leitor pelos meandros da memória e da dissimulação, não o deixando entrever nem por um momento o desenlace desta história encantadora e melancólica.


Oi pessoal, tudo bem?

Confesso que nunca tinha lido nada da Kate Morton e, consequentemente, tinha zero expectativas com esse livro, mas me surpreendi positivamente!

Antes de começar a falar da história preciso mencionar que A Casa do Lago tem uma narrativa cheia de flashbacks, então se isso te incomoda profundamente (como eu) e se você está em busca de algo mais fluido, com início, meio e fim, talvez essa não seja a leitura mais indicada pra você. O livro vai exigir muita atenção aos detalhes e você pode facilmente se “perder” no meio das informações que são apresentadas, mas a recompensa vem no final, que é surpreendente e maravilhoso!

Sadie é uma detetive da Met (Polícia Metropolitana de Londres) que tira uma licença “forçada” depois de tomar uma decisão imprudente em um caso em que estava trabalhando. Ela resolve, então, visitar o avô que mora em Cornualha até que tudo se resolva. Os pobres mortais tirariam esse tempo pra dormir, fazer novas amizades, ler (até que ela faz isso), assistir séries, enfim, ficar de pernas pra cima, mas não a nossa Sadie. Em uma de suas corridas matinais com os 2 cachorros de seu avô, Sadie encontra uma casa abandonada no meio de uma clareira.

“Era difícil dizer o que lhe dava tanta certeza, mas, quando se virou para sair, atravessou o buraco na sebe e começou a seguir os cães para casa, ela soube, com aquele frio na barriga – que, como detetive da polícia, era bom que tivesse desenvolvido –, que algo terrível acontecera naquela casa.”

Conversando com o avô ela descobre que a propriedade pertencia a família Edevane e que eles simplesmente foram embora após o desaparecimento do filho caçula, em uma festa do solstício no ano de 1933. Como o caso foi arquivado e ninguém sabe o que de fato aconteceu com Theo Edevane, Sadie começa a investigar extraoficialmente para distrair sua mente de seus problemas.

No passado, temos oportunidade de ver como a família Edevane se formou, com a história de amor de Anthony e Eleanor que geraram 4 filhos: Deborah, Alice, Clementine e o caçula, Theo. Alice, com seus 16 anos, vivia perdida em seu próprio mundo, criando e escrevendo histórias até que finalizou seu primeiro manuscrito, que logo foi compartilhado com um amor de verão que teve na época. A autora traz o ponto de vista da maior parte dos personagens, em diferentes épocas e acontecimentos, como detalhes da festa do solstício e como tudo se desenrolou nos anos seguintes ao desaparecimento de Theo.

Sadie, descobrindo que na atualidade Alice Edevane é uma escritora famosa de suspense, resolve mandar uma carta em busca de novas pistas sobre o caso.

– Eu tinha esperança de que ainda pudesse encontrar o garoto para ela. Não me conformei com aquele arquivo aberto. As crianças não desaparecem simplesmente, não é? Elas vão para algum lugar. Há sempre um caminho, é apenas uma questão de saber onde procurar. – Ele a encarou. – Já teve um caso como este? Ele devora você.

Durante a leitura, sempre que aparecia um ponto de vista novo de um personagem eu pensava “ele tinha o motivo e a oportunidade”, no próximo capítulo, eu pensava a mesma coisa sobre outro personagem e assim sucessivamente hahaha Consegui me identificar e entender personagens que eu não gostei logo de cara. A autora soube desenvolver bem a história e amarrar um final surpreendente, sem deixar nenhuma dúvida.

Enfim, é um livro que eu indico pra quem gosta do gênero. E quem tiver interesse, a autora fez um vídeo lindo em Cornualha mostrando um pouco o lugar e suas inspirações, e você pode assistir clicando aqui.

O mundo tinha sua própria maneira de manter a balança em equilíbrio. Os personagens culpados podem escapar à acusação, mas nunca escapavam à justiça.

11 comentários:

  1. Olá, eu particularmente gosto bastante de livros com flashbacks, pois temos uma visão mais ampla da história e conseguimos deduzir o que vai acontecer com mais facilidade. Espero ler o livro em breve, beijos.

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  2. Achei a premissa da história muito legal e ela tem um jeito bonito. Gosto de umas coisas mais antigas e ter isso na trama torna ela ainda melhor ao meu ver.
    O tom de investigação e mistério, como é apresentada a vida desses personagens e tudo mais parece interessante, vai deixando a gente com dúvidas e mais curioso pra entender o que aconteceu. Achei legal que mostre o começo dessa família e essas coisas porque assim a gente vai tendo uma ideia de como era a vida deles e deve dar uma ar mais real e impactante para a história...
    Espero conseguir ler esse livro. Parece ser muito bom.

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  3. Oi Andressa, tudo bom?
    Primeiramente tenho que dizer que eu amo esta capa, acho ela super delicada. Eu gosto muito de histórias que tem um mistério, e quando eu vi a premissa deste livro eu fiquei logo de cara interessada em lê-lo. Adorei a resenha, quero ler em breve.
    Beijos

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  4. Oi, Andressa!!
    Gosto bastante de livros com essa pegada de mistério e suspense e não fico incomodada se os livros tem flashbacks. Ainda não li nada da Kate Morton, mas adorei a premissa e a capa ficou linda demais!!
    Beijoss

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  5. Parece ser realmente com esse livro. Só estou vendo comentários positivos!!!
    Esses segredos em volta da história me deixou bem curiosa. Parece ser um enredo muito bem construído, com personagens envolventes.
    Que faz o leitor só querer largar o livro nas últimas páginas.
    E é bom saber sobre o final surpreendente. Fiquei ainda mais animada pra ler a obra.
    Beijos
    Caroline Garcia

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  6. Oi Andressa :)
    Eu não tenho problema com flashback´s e acho que isso não vai me incomodar.
    Adorei a premissa do livro e a personalidade da Sadie foi bem construída. Por ela ser uma detetive, claro que ia ficar curiosa a respeito e ia investigar o passado da família.
    Gosto muito do gênero e espero conseguir ler.
    Abc

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  7. Olá! Não conhecia a história, mas o enredo chamou minha atenção, por se tratar de investigações e mistérios, que já aguçaram minha curiosidade em saber o que de fato aconteceu ao pobre Theo. Esse com toda certeza vai para a minha lista de leitura.

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  8. Não costumo ler livros com flashbacks, porém acho que este não será um problema, pois pretendo ser atenta aos detalhes, para não me perder, mas pela sua resenha a autora conseguiu fazer boas amarrações durante a estória o que deixou a trama muito bem construída, espero não me decepcionar, pois apesar de não ter lido nada da autora, ainda sim este e um livro me cativou e muito.

    Participe do TOP COMENTARISTA de Julho, para participar e concorrer aos livros "O Casal que mora ao lado" e "Paris para um e outros contos".
    http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/

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  9. Andressa!
    Nossa! Deve ser um daqueles livros que nos prende do começo ao fim com um enredo bem escrito, carregado de mistérios e com passagens de tempo, coisa que gosto muito em um livro porque dá uma visão dos acontecimentos do passado e no presente. Não me incomodo de forma alguma, até acho bem mais atrativa a leitura quando esse artifício é utilizado.
    “Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.” (Augusto Cury)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE JULHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  10. Pela sinopse parece ser um livro repleto de mistérios e a capa é muito linda

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  11. Oi, eu já ouvi falar muito bem desse livro, mas não tenho vontade de lerir. Na questão dos flashbacks, eu amo tanto em livros quanto em séries, é um ponto positivo pra mim.

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Priscila, linguista de formação, doutoranda em Narratologia. Começou a ler um livro do Sidney Sheldon aos oito anos e nunca mais parou. Hoje, fez das Letras sua profissão.

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