A Bela e a Fera (2017) | Crítica

Ontem fui assistir o filme mais aguardado por mim para esse ano de 2017, sou uma fã incondicional de A Bela e a Fera desde que me entendo por gente a Bela é minha princesa favorita. Então minhas expectativas já estavam lá em cima. Chorei vendo todos os trailers, chorei vendo o clipe da trilha sonora e chorei até em entrevistas do elenco. Então já saí de casa sem maquiagem e com a certeza que ia me emocionar durante o filme, mas a verdade é que com cinco minutos eu comecei a chorar e só parei quando o filme acabou.

Bela é a moça mais estranha do vilarejo no interior da França. Ela gosta de ler, parece não ligar muito para sua aparência, é uma moça esperta e definitivamente não quer se casar e ser Bela, recatada e do lar. Pior trocadilho. E foi exatamente isso que me fez ter minha primeira crise de choro no cinema, me vi aos 7/8 anos me identificando com uma princesa que sofria exatamente a mesma coisa que eu, que amava ler, mas que foi criada com a expectativa de ser apenas bonita e educada para servir a um marido. É incrível como naquela época, lógico, não pensava nisso ainda, mas sabia que a Bela era exatamente o tipo de princesa que eu gostaria de ser, uma que amava a sua biblioteca, que se importava com mais do que as aparências poderiam mostrar e claro dançar em um baile com aquele vestido maravilhoso.

A Bela de Emma Watson é exatamente assim, ela se vê presa em uma cidade que não a entende, em uma época onde ser diferente, ser uma mulher independente e inteligente era um problema e quando ela cantou "Quero mais do que a vida no interior" meu lado feminista quase pulou da cadeira e começou a dançar pensando em quantas meninas por aí não vão cantar que querem mais do que o que a vida está lhes apresentando naquele momento e vão crescer com a imagem dessa Bela maravilhosa como exemplo.

Agora seria o momento em que eu falaria na Fera e em como Dan Stevens mesmo caracterizado conseguiu passar no olhar todo o sofrimento daquele rapaz que foi amaldiçoado e que aprendeu o que era aceitação e o que era amor com a mocinha que vê além do que os olhos podem ver. Porém ontem ao assistir o filme me peguei pensando em uma cena na qual Bela fala com a Sra. Potts sobre o por quê eles seguem ao lado da Fera todos aqueles anos ela responde:

"Há muitos anos quando esse doce e gentil garotinho perdeu a mãe e o pai cruel o corrompeu nós assistimos a isso sem fazer nada"

E essa frase mexeu muito comigo, quantas vezes nós vemos garotinhos sendo maltratados e não fazemos nada não é? Acho que a história da Fera nesse filme mostrou uma coisa além da tecla que se bate sempre sobre a aparência, fala sobre aceitar as diferenças, não ficar apático quando algo acontece,etc.

Não vou nem falar sobre a trilha sonora, por que eu chorei e cantei junto em todos os momentos. Os figurinos são LINDOS, sem palavras para descrever figurinos e cenários. Enfim, acho que vou levar esse filme para sempre no coração.